6 de jul. de 2010

"Um dia em mim essa aflição sossega, more comigo e traga o seu amor..."

(Por que você não vem morar comigo?, Chico César)
.
.
Não podemos compreender nada se o mais raso que estivermos dentro daquilo, não seja no fundo. Qualquer coisa que avistamos incluir em nossa vida é para ser profundo, a ponto de que ali possamos mergulhar. Não acredito em nada diferente disso, e é por isso que não desvio, mas seguro o olhar.
Ele não entende e a resposta vem errada. A resposta não vem. Mesmo com todos os sinais e simpatias, mesmo com tantas coincidências premedidatas. Será que pensa que realmente ligo por engano? Será que não percebe que o meu sangue ferve e aquece todos os vulcões? Será que não vê que o meu sorriso insinua e conversa até nascer um beijo para que possua? Será que não reparou que escureci o cabelo para constratar com seu travesseiro? Será que não sente que meu aperto de mão inseguro é um pedido de casamento? Será que não percebe que os finais dos nossos ancestrais dizem que somos nós? Será que não pensa sobre as possibilidades e em alguma realidade me imaginar na sua vida? Será que gosta de sorvete de creme? Será que deixaria eu ficar por um dia dentro do seu quarto? Será que começaria devagar, começando pelo cangote ou iria avançar? Será que trocaria um presente que alguém demorou meses escolhendo para lhe presentear? Será que aceitaria um vida sem muita calmaria e um filho que virá? Será que deixaria eu colocar na sua estante uma fotografia do que seria se eu e ele fomos nós? Será que atenderia o telefone de madrugada? Será que pensaria em amar alguém tão apaixonada? Será que se doaria para alguém que não tem quase nada? Será que apostaria um futuro por alguém que acabou de esbarrar? Será que o sorriso que tem já é de alguém ou de outro lugar?
Quando entenderá que quero estar dentro, difusa com sua vida e seu sonhar? Quando entenderá que agora ele não é só alguém que encontrei nestas idas e vindas e não é só uma história para um dia lembrar? Quando notará que meu desejo não é só para agora, que só quero ir lá fora se vier me acompanhar? Quando entenderá que não é um estranho, um conhecido, um amigo que só encontro se a coincidência deixar? Quando estará comigo além de um breve olhar? Quando seu corpo se perderá com o meu? Quando eu vou poder entrar na sua rotina? Quando vou deixar das indiretas para te acordar?
Quando vou poder mergulhar, ir no fundo, no teu mais que mais profundo e nunca mais voltar?
.
.
(Cáh Morandi)

13 comentários:

Cris Santos disse...

Ele não entende e a resposta vem errada. A resposta não vem. Mesmo com todos os sinais e simpatias, mesmo com tantas coincidências premedidatas.


P-E-R-F-E-I-T-O!

thainara. disse...

LIIIIIIINDO! Voce é majestosamente doce *-*

♪ Sil disse...

Lindooooooooooooooo, meu Deusss!
E eu até canto pra vc Cáh:



Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor


Só pixinguinha te traduz.
Um abraço dessa sua fã, loucaaaaa pra ter logo seu livro em minhas mãos!

♪ Sil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lídia martins disse...

Mas que lindo!!!

"Para a direita fui contigo.
Coração soube escolher."


Guimarães Rosa.

Um beijo de flor

Priscila Rôde disse...

Ai, Cáh!
Lindo, lindo.

"Ele não entende e a resposta vem errada. A resposta não vem. Mesmo com todos os sinais e simpatias, mesmo com tantas coincidências premedidatas."

Amei!

- disse...

Quando vou poder mergulhar, ir no fundo, no teu mais que mais profundo e nunca mais voltar?

lindo, lindo, lindo.

disse...

Maravilhoso Cáh! amei de coração.
Bjos

Cáh Morandi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cáh Morandi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cáh Morandi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cáh Morandi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cáh Morandi disse...

Hello stranger...
cronicas@cahmorandi.com.br