3 de nov. de 2008

"meu vício agora é o passar do tempo..."

(Título: Meu vício agora, George Israel e Paula Toller)
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Já faz cinco meses que abandonei o cigarro. Acho que ele está mais conformado. Apesar de insistir freqüentando os mesmos restaurantes, bares, postos de conveniências... Mas aos poucos sua presença foi se tornando indiferente. Difícil, claro. Tenho tentado procurar um vício menos maléfico: alguns amigos me indicaram sexo, mas porra, ficar trepando de uma em uma hora e em lugares públicos não me pareceu adequado. Outros amigos me indicaram esportes, mas em meu caso, a academia com muito sacríficio é o máximo que consigo. Comida nem pensar. Então tenho tomado café, excessivamente. Às vezes um chá. Não sei como isso tem dado certo, pois antes o café era companhia do cigarro em minhas tardes de ócio produtivo. Meus dentes estão mais amarelos do que quando eu fumava, não tenho tossido a não ser em caso de gripe. Então abandoná-lo, o cigarro, me parece ter ainda mais pontos positivos. Apesar de que sofro em algumas horas em que o “maldito” se fazia necessário: depois de transar, no stress do trabalho, no intervalo da faculdade, depois do almoço. Puta merda, vez em quando fico indignada com Deus, inúmeras pessoas tem bons vícios: caminhar na praia, não comer carne vermelha, malhar, mania de organização e limpeza. E porque eu, que sempre tive uma vida cheia de boas opções, fui justamente me interessar em fumar? Estranho. Alguns especialistas dizem que a tal da nicotina que vicia. Não acredite, meu caro, isso é uma droga de mentira. A gente que fuma (fumava, aliás) tem uma necessidade estranha, que não sei ser falha de Deus ou sacanagem do diabo, de querer ter algo ou alguma coisa nas mãos.

4 comentários:

Unknown disse...

todos nós : temos "uma necessidade estranha, que não sei ser falha de Deus ou sacanagem do diabo, de querer ter algo ou alguma coisa nas mãos."
achei brilhante!
Beijos

luizroberto disse...

honestamente adorei tudo.
pode até ser que um dia possamos
falar sobre o outro lado disto,
só para começar, porque na verdade
nem outro lado existe.
fomos treinados para procurar
naquilo que nos cerca. jamais
encontraremos.

o dual é muito pouco para a nossa
natureza de luz. é preciso o não dual,a consciência, a essência,
o silêncio, a atenção plena.

prazer em conhece-la

bênçãos querida cáh.

Unknown disse...

Ah como sei o que disse aqui...
A companhia errada, a desculpa existente para mais um cigarro... qualquer que seja.
Mas também sei o quanto a força pra sair é maior ainda. Sei bem porque estou nela.
Afinal a redundância das vontade... ir e ficar, ficar e ir, mas sabemos que é melhor deixar pra trás o "grande diabo".
Boa sorte para nós rs
Beijos.

PS: adorei o novo endereço.

Ana Tereza Nuvem disse...

Outro espaço aconchegante!
Adorei visitar.

E os vícios que também me acometem... por enquanto afundada excessivamente em chás e cafés e outras coisas mais que couberem.

Parabéns Cáh!
Um beijo.